Pesca esportiva em pauta na Presidência da República

Audiencia Temer

Com a aprovação da MP que inclui a Secretaria de Aquicultura e Pesca nos órgãos da Presidência, Anepe faz reunião com presidente Michel Teme.

Com 40 votos favoráveis, 24 contrários e uma abstenção, o Plenário do Senado aprovou no dia 4 de outubro a Medida Provisória (MP) 782/2017 que atualizou a organização administrativa do Poder Executivo. O texto define status de ministério para a Secretaria Geral da Presidência da República. Como sofreu alterações no Congresso, a medida será enviada para sanção presidencial na forma do PLV 30/2017.

O projeto de lei de conversão inclui a Secretaria de Aquicultura e Pesca - que já passou pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços - entre os órgãos da Presidência. Com o objetivo de pedir apoio para a sanção, toda a cadeia da pesca realizou uma reunião com o presidente, Michel Temer, para apresentar a importância do setor no Brasil.

O presidente da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), Antônio Carlos Ferreira de Araujo, representou o ramo da pesca esportiva. "No encontro foi mencionada a relevância do pesque e solte como fonte de renda e desenvolvimento social. Acredito que esse movimento proporcionará novos caminhos para a área", ressalta.

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Pesca no Congresso Nacional, deputado Cleber Verde, o compromisso do Governo com esse novo formato é criar um ordenamento jurídico que permita que os segmentos, como a pesca esportiva, se desenvolvam com regras claras, gerando assim mais benefícios para a economia. "Além disso, frisamos a relevância de incentivar o pescador artesanal e empresas a investirem na piscicultura. Entendemos que o consumo de pescado aumentou no mundo, então precisamos abastecer o mercado interno e exportar o excedente".

A mudança da Secretaria para a Presidência fortalecerá a estrutura dos trabalhos, na visão do secretário de Aquicultura e Pesca, Dayvson Franklin de Souza. "Teremos mais forças e autonomia, porém não iremos nos desvincular de todo o Governo. Vamos continuar trabalhando de forma integrada com outros ministérios e dar continuidade às ações importantes que já estamos fazendo. A pesca esportiva tem um grande potencial econômico e, por isso, pensamos em criar um núcleo especializado para se focar nas demandas desse ramo", destaca o secretário.

 Fonte: http://www.fishtv.com/noticias/especiais/pesca-esportiva-em-pauta-na-presidencia-da-republica-1491

 

Eduardo Lopes elogia transferência da Secretaria da Pesca para a Presidência

 

Em discurso nesta quarta-feira (4), o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) elogiou a aprovação da medida provisória (MP782/2017) que coloca a Secretaria da Aquicultura e Pesca no âmbito direto da Presidência da República.
Para o senador, a ação vai dar mais importância e prioridade à secretaria, o que vai ajudar na alavancagem do setor.

Ele também afirmou que foi um erro a extinção do Ministério da Pesca, do qual foi titular no governo passado. Acrescentou que o setor pode ajudar o país na geração de empregos e renda.

- As pessoas não sabem o potencial e grandeza desse setor. Na Noruega, um dos ministérios mais importantes é o da Pesca – disse o senador Eduardo Lopes.

Fonte: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/10/04/eduardo-lopes-elogia-transferencia-da-secretaria-da-pesca-para-a-presidencia

 

 

Proibição da pesca é diferenciada em 17 rios de divisa com Mato Grosso


O Conselho Estadual da Pesca (Cepesca) informa que o período de defeso da piracema em Mato Grosso é diferente para 17 rios que fazem divisa com outros Estados da Federação e um país. Nesses rios a proibição à pesca inicia em novembro e segue até fevereiro do próximo ano, enquanto que nos demais, que nascem e morrem em território mato-grossense, a piracema é de 1º de outubro a 31 de janeiro.


A secretária executiva do Cepesca, Gabriela Priante, esclarece que a instrução normativa Interministerial do Ministérios de Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconhece o período da piracema somente nos rios de MT. “Isso significa que o documento não tem efeito nos rios cuja uma margem pertence a Mato Grosso e a outra a outro Estado ou país”.


De acordo com a assessoria, segundo os documentos vigentes, no Rio Araguaia está estabelecida a piracema de 01 de novembro a 28 de fevereiro. Este rio pertencente à Bacia Hidrográfica do Araguaia-Tocantins e faz divisa com Mato Grosso e os estados de Tocantins e Goiás.


Já os Rios Juruena, Teles Pires ou São Manuel, Capitão Cardoso, Tenente Marques, Iquê, Cabixi, Guaporé, Verde e Corixo Grande pertencem à Bacia Amazônica e fazem divisa os estados do Amazonas, Pará, Rondônia e o país da Bolívia. Nestes locais, a proibição à pesca é de 01 de novembro até o último dia do mês de fevereiro do ano seguinte. Esse período é o mesmo para os Rios Paraguai, Itiquira, Piquiri, Correntes, do Peixe e Ribeirão Furna, da Bacia do Paraguai, que fazem divisa com Mato Grosso do Sul.
"A pesca nestes locais está liberada em outubro, porém, como em Mato Grosso já é piracema, o peixe pescado nestas regiões não poderá ser transportado nem comercializado dentro do nosso Estado, só para fora", ressalta Priante. Para facilitar a compreensão, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) disponibilizou um mapa identificando os rios de divisa com Mato Grosso e demais Estados da Federação e sua localização.


A piracema coincide com a estação das chuvas, quando os peixes migratórios se deslocam rumo à cabeceira dos rios em busca de alimentos e condições adequadas para o desenvolvimento das larvas e dos ovos. A desova também pode ocorrer após grandes chuvas, com o aumento do nível da água nos rios, que ficam oxigenadas e turvas. “Considerando tudo isso é que ficou estabelecido o período de defeso, que tem por objetivo possibilitar a renovação dos estoques pesqueiros para os anos seguintes”.
Quem desrespeitar a legislação poderá ter o pescado e os equipamentos apreendidos, além de levar multa que varia de R$ 1 mil a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo de peixe encontrado. Neste período, as ações de fiscalização serão intensificadas com parceria entre a Sema, Batalhão da Polícia Militar e Proteção Ambiental (BPMPA), Juizado Volante Ambiental (Juvam), Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), Ibama e ICMBio.


Durante a piracema, só será permitida a modalidade de pesca de subsistência, praticada artesanalmente por populações ribeirinhas ou tradicionais, como garantia de alimentação familiar. A cota diária por pescador (subsistência) será de 3 kg e um exemplar de qualquer peso, respeitando os tamanhos mínimos de captura estabelecidos pela legislação para cada espécie. Estão proibidos o transporte e comercialização de pescado oriundo da subsistência.


A modalidade pesque e solte ou pesca por amadores também estará proibida nos rios de Mato Grosso. Frigoríficos, peixarias, entrepostos, postos de venda, restaurantes, hotéis, e similares tiveram até o segundo dia útil após o início da piracema para informar à Sema o tamanho de seus estoques de peixes in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais, excluindo os peixes de água salgada.

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/noticia/geral/proibicao-da-pesca-e-diferenciada-em-17-rios-de-divisa-com-mato-grosso

 

 

SOBRE OS PROJETOS-DE-LEI 6.439/16 e 7.895/17 LIMITAÇÕES À PESCA ESPORTIVA/RECREATIVA ?

 

A ANEPE informa que, na Câmara dos Deputados, tramitam hoje dois projetos de lei que se referem à pesca esportiva/recreativa:

1) nº 6.439/16, do Deputado Delegado Edson Moreira;

2) nº 7.895/17, do Deputado Daniel Coelho

A respeito do primeiro, tão logo a ANEPE teve conhecimento de sua concepção, ainda no início de 2016, encaminhou ofício ao Deputado Delegado Edson, alertando-o para a impropriedade e inconveniência da medida, além de estar fundamentado apenas em relatos e conter conceitos imprecisos, não tendo recebido resposta do Deputado àquela ocasião.

Há cerca de dois meses, o relator desse PL 6.439/16na Câmara dos Deputados, o Deputado Federal Daniel Coelho, o avaliou e o reputou inadequado, tendo feito proposição de um projeto substitutivo/alternativo, ou seja, o nº 7.985/17, que, muito embora seja bem melhor do que o anterior e praticamente o anule, ainda conteve certos conceitos imprecisos, segundo a avaliação do Comitê Científico da ANEPE, na pessoa dos conselheiros Lawrence Ikeda e Domingos Garrone Neto.

Assim, juntamente com a Federação de Pesca Esportiva, Turística e Ambiental do Estado de São Paulo (presidida pelo nosso Conselheiro Estratégico Betinho de Oliveira), encaminhamos ofício ao Deputado Daniel Coelho advertindo-o sobre a imprecisão da norma, pedindo a retirada do projeto de pauta (seria votado naquela ocasião) e colocando a ANEPE à disposição para colaborar na discussão e melhoria da redação.

O Deputado Daniel Coelho foi muito solícito e nosso conselheiro Prof. Dr. Domingos Garrone Neto, semana passada, esteve em Brasília em reunião pessoal com ele, tendo explicado, técnica e cientificamente, os problemas de redação da lei, no que foi ouvido com muita atenção pelo Deputado e sua assessoria.

Dessa forma, cumprida a parte que competia a ANEPE, ela acompanhará o desenvolvimento desse assunto na Câmara dos Deputados.

Esta é mais uma ação da ANEPE, que trabalha diuturnamente pelo desenvolvimento da pesca esportiva/recreativa no Brasil.

Link de acesso ao oficio encaminhado pela ANEPE: https://drive.google.com/file/d/0B_jlHIg--VvhYWE0amVhaGFkckE/view?usp=sharing

Link de acesso ao Projeto de Lei: https://drive.google.com/file/d/0B_jlHIg--VvhaW0tbFdrZFR2MFk/view?usp=sharing

 

 

Secretaria da Pesca deverá migrar para a Presidência

 

Em meio a um cenário marcado por insegurança jurídica, falta de estrutura e recursos, dificuldade de fiscalização da atividade e insatisfação generalizada do setor produtivo com a postura do governo em relação à pesca e aquicultura no país, a secretaria responsável está novamente de mudança. Desta vez, vai migrar para a Presidência da República. A proposta está na Medida Provisória 782, que deve ser aprovada hoje pelo Senado e seguir para sanção presidencial, conforme acordo com o governo.


Será a terceira mudança desde a extinção do Ministério da Pesca e sua transformação em secretaria do Ministério da Agricultura, em 2015. Em março deste ano, o presidente Michel Temer determinou a transferência da secretaria para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). A mudança atendeu a um apelo do PRB, partido da base aliada do governo cujo presidente nacional, pastor evangélico Marcos Pereira, está à frente da Pasta.


O líder do PRB na Câmara, deputado Cléber Verde (MA), disse ao Valor que o pedido de nova mudança partiu de entidades do setor pesqueiro, que não se sentiam representadas no Mdic. Ele afirmou que a ideia agora é criar um ambiente de maior força política para a Secretaria da Pesca, que poderá ter um orçamento maior, mais pessoal e articulação mais eficiente para aprovar mudanças legais. Nesse contexto, como se vê, a secretaria seguirá sob a influência do PRB.


O Valor apurou, contudo, que o novo endereço da secretaria está longe de dissipar as incertezas da cadeia produtiva da pesca, que fatura atualmente cerca de R$ 20 bilhões por ano no país e alimenta uma esperança de longa data de aproveitar o enorme potencial continental do país para transformá-lo em um dos maiores produtores globais de pescado. Dono de uma costa marítima de 8,4 mil quilômetros de extensão, o Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo e possui 10 milhões de hectares de lâmina d'água - mas, mesmo assim, ocupa apenas a 22ª posição no ranking dos países produtores de pesca e aquicultura da FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação.


A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por exemplo, defende que a secretaria retorne ao Ministério da Agricultura, onde, entende, mudanças de fiscalização e recadastramento de pescadores foram bem-sucedidas no passado. "A saída da secretaria da Pesca do Ministério da Agricultura foi totalmente irresponsável, porque não teve razão técnica nenhuma, só briga política para atender partido", afirmou Lílian Figueiredo, assessora técnica da Comissão de Pesca da CNA.


Apesar dos problemas, a FAO projeta que o Brasil poderá ampliar sua produção de peixes - tanto em cativeiro (psicultura) quanto em mares (pesca de captura) - das atuais 1,35 milhão de toneladas para 20 milhão de toneladas por ano em 2030. Há, porém, muitos obstáculos para que esse incremento saia do papel. Nenhuma licença para funcionamento do setor pesqueiro, por exemplo, tem sido liberada desde que a secretaria foi para o Desenvolvimento.


Além da CNA, entidades como Peixe BR, Abipesca (que representa a indústria) e Sindipi - sindicato que reúne os armadores e as indústrias pesqueiras de Itajaí (SC), líder na produção nacional de pescado - alertam que também há uma fila de mais de 500 licenças para cessões de uso das águas da União, exigidas pela legislação para a implementação de parques aquícolas ou tanques-rede dentro de reservatórios de hidrelétricas. Isso porque faltam servidores no Mdic para analisar os processos e autorizar o georreferenciamento nessas áreas, onde existe um potencial para produção de 10 milhões de toneladas de peixes e hoje só ofertam 150 mil toneladas.


O atual secretário da Pesca, Dayvsson de Souza, admitiu que há falta de pessoal para analisar a grande demanda de pedidos para licenças e concessões e reconhece que a secretaria não consegue ter controle sobre todos os barcos de pescadores artesanais. E disse que a secretaria sofre com orçamento, previsto em R$ 80 milhões para 2017 mas que depois de contingenciamento caiu para R$ 12 milhões.


Souza explicou que, até por conta de recomendações de órgãos de controle como Ministério Público, TCU e CGU, que apontaram indícios de irregularidade e corrupção na gestão do Ministério da Pesca, a secretaria tem tido que analisar essas demandas com mais critério, o que leva mais tempo. Não raro, a área da pesca do governo tem sido alvo de investigações policiais envolvendo fraudes em programas sociais como o Bolsa Pescador e o seguro-defeso, e também no cadastro de pescadores mortos ou que nem existem.


Souza argumenta que há uma agenda de simplificação na secretaria e um esforço para revisão dos benefícios do seguro-defeso, pagos pelo governo aos pescadores no período em que a atividade é proibida. Apenas de junho para cá, a Polícia Federal já deflagrou duas operações de combate a fraudes no seguro.


"A secretaria tem problemas. Já fomos ministério e agora somos uma secretaria. Temos dado encaminhamento às licenças, mas nem tudo sai com a velocidade que o setor quer", disse o secretário, que evitou comentar a nova mudança da secretaria.


Ao mesmo tempo, a insatisfação na iniciativa privada só cresce. "A pesca não pode depender do governo federal. O que precisamos é contratar pesquisadores competentes de universidades para pensar a regulação e políticas de estímulo ao setor", diz Itamar Rocha, presidente da ABCC, associação que representa os criadores brasileiros de camarão.
Já Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca e professor de gestão na área de pesca na Fundação Getúlio Vargas (FGV), pondera que pelo menos no segmento da aquicultura há crescimento, amparado por investimento externo e de grandes indústrias instaladas no país nos últimos anos - tudo com "pouquíssimo" apoio governamental. Para ele, essa é a saída para o setor, uma vez que a pesca de captura está estagnada, no Brasil e no mundo, em boa medida por restrições ambientais. "A pesca deixou de ser prioridade para o governo federal, que cometeu um erro estratégico ao extinguir o ministério. ", disse.


Mônica Brick Peres, que trabalhou no Ministério do Meio Ambiente e atualmente é diretora-geral da ONG Oceana, vê a expansão da aquicultura com ressalvas e cobra vontade política para o ordenamento da pesca tradicional. "Não existe uma política clara para o setor. Nosso maior problema é a falta de um marco legal para a pesca, forte e completo", disse Mônica. Diferentemente de ONGs que pedem o fim da pesca extrativa, a Oceana defende que a atividade seja mantida, mas com regras claras que preservem sua sustentabilidade ambiental e social.


Fonte: https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/40824-secretaria-da-pesca-devera-migrar-para-a-presidencia

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